Muitos professores consideram essencial realizar uma sondagem para avaliar os saberes prévios dos estudantes e acreditam que o melhor momento para efetivar esta ação é no início do ano letivo. Alguns livros didáticos (poucos) já trazem essa preocupação e antes de começarem o conteúdo de cada série/etapa do ensino fundamental e médio, trazem conteúdos e situações didáticas que resgatam esses conhecimentos prévios.
A avaliação diagnóstica vai além de resultados (numéricos) obtidos pelos estudantes, ela é uma forte aliada dos processos de ensino e aprendizagem, pois, é através desta sondagem inicial que é possível uniformizar a
prática, delegando ao professor a capacidade de reconhecer seus
alunos através dos diferentes níveis de aprendizagem e de desenvolvimento.
O desafio dos professores de Matemática, ao pensarem nas avaliações diagnósticas são diversos e pode até surgir alguns questionamentos do tipo: 'que conteúdos incluir (ou excluir) da sondagem inicial?', 'quantas perguntas são necessárias para avaliar os saberes prévios dos meus alunos?', 'As questões serão objetivas ou subjetivas?', 'E depois? o que fazer com os resultados dos estudantes em mãos?'
Foi pensando nessas inquietações, que resolvi escrever esse post. Ao longo do texto vou tentar clarear um pouco essas dúvidas inerentes à elaboração de uma 'boa' avaliação diagnóstica e ao final do post, disponibilizar um modelo de avaliação diagnóstica que utilizo com meus alunos.
Quando elaboro uma avaliação diagnóstica de Matemática, levo em consideração os saberes mínimos necessários que os alunos deveriam trazer consigo da série/etapa anterior. Além disso, por se tratar de Matemática, é importante que as questões não sejam tão simples a ponto de serem respondidas com um 'sim' ou 'não'. Considero importante conhecer se este aluno é oriundo de outra escola ou se já foi meu aluno em algum outro momento.
Para facilitar, organizei em tópicos que podem nortear na elaboração de uma avaliação diagnóstica:
Uma sugestão para fugir das tradicionais provas escritas de avaliações diagnósticas, que gosto de utilizar, são os mapas conceituais que podem ser abordados individualmente, em dupla ou em pequenos grupos. Cada grupo ficaria com um determinado tópico (previamente escolhido pelo professor nos momentos de planejamento), para que eles sintetizem em mapas conceituais, os principais conceitos, propriedades, exemplos do Tópico designado pelo professor, que estará mediando a atividade a todo tempo.
Por exemplo, os alunos que mudam da etapa inicial do fundamental I para a etapa final do fundamental II (6º ano), precisam trazer em sua bagagem de estudos, pelo menos os conhecimentos prévios que incluem, já de acordo com a BNCC:
Agora, conforme prometido, não consegui inserir a avaliação diagnóstica de Matemática (6º ano) já com base na BNCC que utilizo em minhas turmas. Caso alguém se interesse, pode pedir via e-mail matematilhando@gmail.com que eu vou ter o maior prazer de encaminhar pra você!
Um grande abraço! Bom Início de ano letivo!
O desafio dos professores de Matemática, ao pensarem nas avaliações diagnósticas são diversos e pode até surgir alguns questionamentos do tipo: 'que conteúdos incluir (ou excluir) da sondagem inicial?', 'quantas perguntas são necessárias para avaliar os saberes prévios dos meus alunos?', 'As questões serão objetivas ou subjetivas?', 'E depois? o que fazer com os resultados dos estudantes em mãos?'
Foi pensando nessas inquietações, que resolvi escrever esse post. Ao longo do texto vou tentar clarear um pouco essas dúvidas inerentes à elaboração de uma 'boa' avaliação diagnóstica e ao final do post, disponibilizar um modelo de avaliação diagnóstica que utilizo com meus alunos.
Quando elaboro uma avaliação diagnóstica de Matemática, levo em consideração os saberes mínimos necessários que os alunos deveriam trazer consigo da série/etapa anterior. Além disso, por se tratar de Matemática, é importante que as questões não sejam tão simples a ponto de serem respondidas com um 'sim' ou 'não'. Considero importante conhecer se este aluno é oriundo de outra escola ou se já foi meu aluno em algum outro momento.
Para facilitar, organizei em tópicos que podem nortear na elaboração de uma avaliação diagnóstica:
- Momento ideal: Alguns professores acreditam que a primeira aula é o melhor momento para realizar essa avaliação e acabam pegando os alunos de surpresa, já ansiosos com o retorno do ano letivo, talvez cheios de expectativas que podem ser interrompidas com a aplicação de um 'prova'. Eu gosto de aplicar a avaliação formativa, no fim da primeira semana de aula, ou no início da segunda semana. Não aprecio o elemento surpresa neste tipo de avaliação (e em nenhuma outra), pois acredito que o aluno tem direito de se preparar. Mas é importante que cada professor sinta qual deve ser esse melhor momento, que se adeque a realidade de cada sala de aula. Não há, na verdade, um momento mágico que seja mais importante que outro.
- Tipos de Avaliações Diagnósticas: Essa é uma dúvida muito corriqueira, sobre o fato de ser uma avaliação objetiva (marcar a resposta correta) ou com situações-problemas. E eu acredito que tanto uma como a outra são bons meios de se realizar esse diagnóstico desde que o professor esteja atento ao processo de raciocínio lógico-dedutivo que cada estudante utiliza para responder as questões propostas. Lembrando que essa prova não objetiva contar erros e acertos para rotular um aluno em 'bom' ou 'ruim', o que está em jogo é compreender as principais necessidades da turma com um todo para nortear as práticas de ensino.
Uma sugestão para fugir das tradicionais provas escritas de avaliações diagnósticas, que gosto de utilizar, são os mapas conceituais que podem ser abordados individualmente, em dupla ou em pequenos grupos. Cada grupo ficaria com um determinado tópico (previamente escolhido pelo professor nos momentos de planejamento), para que eles sintetizem em mapas conceituais, os principais conceitos, propriedades, exemplos do Tópico designado pelo professor, que estará mediando a atividade a todo tempo.
Por exemplo, os alunos que mudam da etapa inicial do fundamental I para a etapa final do fundamental II (6º ano), precisam trazer em sua bagagem de estudos, pelo menos os conhecimentos prévios que incluem, já de acordo com a BNCC:
- Leitura, escrita e ordenação de números Naturais (EF05MA01),
- Construção de Fatos Fundamentais da Adição, subtração, Multiplicação e Divisão (EF03MA03/ EF03MA06);
- Problemas envolvendo significados da adição e da subtração (EF03MA05)
- Problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação e da divisão (EF04MA04)
- Representação fracionária dos números racionais (EF05MA03)
- Números racionais expressos na forma decimal (EF05MA02)
- Reconhecer, representar, planificar e observar características de figuras geométricas planas e espaciais (EF05MA16 / EF05MA17)
- Conversão das mais usuais unidades de medidas de comprimento, massa, tempo e capacidade (EF05MA19)
- Áreas e perímetros de figuras poligonais (EF05MA20)
- leitura, coleta, classificação, interpretação e representação de dados em tabelas e gráficos (EF05MA24 / EF05MA25)
Esta seleção é a que julgo ser primordial, é apenas sugestiva, cada professor fará sua escolha baseada na realidade de sua escola e sala de aula. Após feita esta seleção, divide-se os alunos em grupos de 3 ou 4 estudantes, dá um tópico desses e pede que eles escrevam tudo o que lembrarem sobre determinado tópico. Pode ser um conceito, uma definição, uma questão, um desenho, etc. (eles vão dispondo essas observações em tópicos no caderno). Em seguida, eles criam um mapa conceitual para compartilhar com a turma (lembrando que se os alunos não estão familiarizado com o termo, é bom apresentar-lhes um modelo) com o que acharem mais relevante. Na hora de compartilhar, a turma pode acrescentar ou sugerir algo que considerem importante, criando um aprendizado colaborativo.Disponível aqui
3. Quantidade de Questões: Não existe uma quantidade certa de questões a ser colocada numa avaliação diagnóstica. Eu não posso garantir que uma quantidade x de questões serão necessárias e suficientes para dar um diagnóstico preciso. Isso é bastante pessoal, de cada professor, de cada turma. Por exemplo, eu não faço avaliação diagnóstica em todas as turmas. Eu geralmente utilizo essa sondagem quando a turma muda de uma etapa de ensino para outra (do fundamental II para o Médio, por exemplo), ou quando é turma completamente nova pra mim. Se for uma classe que eu já acompanho a algum tempo, eu já conheço o nível da turma e, caso apareça alunos novatos a cada ano, fica mais fácil fazer esse diagnóstico individualmente.
4. O que fazer com os resultados: E depois de realizar a avaliação, o que fazer com os resultados? Ao finalizar a avaliação diagnóstica e sua correção, o professor terá uma espécie de roteiro de cada aluno e do conhecimento de toda a turma. Os resultados são os mais variados possíveis, dentre eles:
- A turma pode não ter dúvida em nenhum conteúdo abordado na avaliação diagnóstica! - Eu sei! meio improvável, mas sonhar é de graça! E caso isso aconteça, o professor pode iniciar a demanda da série/etapa atual sem precisar pensar em estratégias para sanar possíveis dúvidas.
- Alguns alunos (poucos) podem ter dúvidas mínimas em alguns conteúdos precursores e neste caso, se a minoria não resolve bem determinadas questões, o segredo é pensar em estratégias de dar mais atenção aos que estão um passo atrás. Nestas situações, eu prefiro ir sanando esta pequena falta ao longo do 1º bimestre, através de situações problemas, onde posso criar situações didáticas em que é possível confrontar alguns pensamentos e resoluções dos alunos.
- A maioria não domina a maioria dos conteúdos: Sim, isso pode acontecer com mais frequência que a gente queira. Se ninguém ou maioria não conhece determinado (s) conteúdo (s), é claro que eles precisam ser trabalhados prioritariamente. Uma revisão, ou retomada desses conteúdos é primordial e isso significa, muitas vezes modificar o planejamento inicial. Como professora, tal situação é frustrante, mas extremamente necessária e gratificante no final.
Agora, conforme prometido, não consegui inserir a avaliação diagnóstica de Matemática (6º ano) já com base na BNCC que utilizo em minhas turmas. Caso alguém se interesse, pode pedir via e-mail matematilhando@gmail.com que eu vou ter o maior prazer de encaminhar pra você!
Um grande abraço! Bom Início de ano letivo!
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