Tem sido cada vez mais comum ouvir falar de Metodologias Ativas no contexto educacional e a ideia central é que os estudantes possam vivenciar mudanças de posturas em relação ao gerenciamento do seu próprio conhecimento.
Ao adquirir confiança e desenvolver autonomia, os alunos poderão ter uma aprendizagem verdadeiramente significativa e ainda mais próxima da sua vida.
Nessa perspectiva o professor vem deixando, de maneira mais forte, de ser um reprodutor de conteúdos e passa a ser, cada vez mais um facilitador da aprendizagem dos estudantes. Seu papel se assemelha ao de um mentor ou tutor, que guia os alunos na descoberta de sua própria aprendizagem, que pode ser continuamente aplicada a sua vida cotidiana.
Existem várias metodologias ativas que podem ser utilizadas em diversas aulas e sequências didáticas, inclusive nas aulas de Matemática, a proposta deste artigo, por hora, é apresentar o PBL.
PrBL é uma sigla em inglês de Problem Based Learning – Aprendizagem baseada em Problemas. E com toda certeza o uso de situações-problemas não é algo novo para a Matemática, esse método de aprendizado é centrado no aluno e tem o problema com elemento motivador do estudo e integrador do conhecimento.
O PrBL é uma abordagem que prioriza a compreensão a tríade: contexto/problema/hipótese e estas três vertentes estão intimamente correlacionadas. Logo, quando analisados juntos, eles ganham força, sobretudo em relação ao entendimento e aplicação, no momento em que permite o aluno a sua integração com a prática (FÁBIO FREZATTI et al 2018 ).
Tudo começa com a escolha de um bom problema, pois ele é seu início, e toda a construção da solução estrutura-se a partir desse elemento.
Mas, o que é um bom problema?
A resposta está condicionada a finalidade do problema, ou seja, com que objetivo será utilizado. Porém pode-se utilizar uma lógica que proporcione resposta para o contexto em que o problema se enquadre. Para tanto, alguns princípios devem ser conhecidos e aplicados:
• O conteúdo de um problema deve se adaptar ao conhecimento prévio dos alunos;
• O problema deve conter sugestões ou dicas;
• O problema a ser estudado e cuja solução a ser desenvolvida pelos alunos deverá ser relevante;
• Apresente conceitos básicos relevantes ao contexto dos estudantes e encoraje a integração dos conhecimentos;
• O problema deve estimular a autoaprendizagem, encorajando os alunos a gerar necessidade de aprender;
• O problema deve enriquecer o interesse dos estudantes no assunto em questão, sustentando as discussões sobre as soluções possíveis e facilitando a exploração de alternativa pelos mesmos;
• O problema precisa atender a um ou mais objetivos propostos pela disciplina.
Em regra geral o PrBL segue a sequencia indicada no ciclo abaixo: (está traduzida e explicada logo em seguida)
Fonte: Poikela & Poikela 2006
1º passo: O problema - Segue as orientações supracitadas neste artigo. Alguns exemplos de problemas podem ser encontrados no site da nova escola, que já contém planos de aulas prontos e a maioria inicia com um problema. Por exemplo: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1311/explorando-porcentagem-crescente-e-decrescente
2º passo: Tempestade de ideias – Neste momento os alunos irão propor maneiras para solucionar o problema, através de ideias que tiverem. Nenhuma ideia é boba para ser descartada, todas são importantes. Gosto de utilizar blocos de notas autocolantes (1 para cada ideia), quanto mais colorido melhor. Os alunos vão escrevendo suas ideias e colando no quadro a vista de todos.
3º passo: Agrupando ideias – após o passo 2, é preciso organizar as ideias por grupos, para facilitar na visualização. Neste momento, professor e alunos podem interagir nessa classificação das ideias. Em matemática essa divisão dos problemas pode se dar em áreas, como: álgebra, geometria, aritmética, estatística, etc.
4º passo escolhendo a área do problema – Após o agrupamento, os alunos ou o professor pode escolher uma das áreas (ou cada grupo na sala trabalhar uma área diferente).
5º passo: formulando tarefa de aprendizagem – Os alunos poderão pesquisar em vários ambientes de aprendizagens: internet, vídeo-aulas, biblioteca, fazer leituras, pesquisas, consultar outros professores, etc.
6º passo: Auto direcionamento do estudo – o foco é o aluno encontrar motivação para a auto aprendizagem. Ele deve buscar a solução do problema para que faça sentido.
7º passo: construindo novo conhecimento - Com o PrBL o aluno pode entender algo que não entendia ou até mesmo descobrir um novo conhecimento que extrapola o problema dado. Pode até gerar um novo problema a ser resolvido posteriormente.
8º passo: clareando as ideias – Para esta etapa a melhor maneira é a socialização das descobertas. O professor, como mentor ou tutor, é extremamente importante nesta etapa de clarear as ideias encontradas.
9º passo: resolução de problemas contínua - O PrBL não é um fim em si mesmo é um processo que se renova, pois a solução de um problema pode gerar um novo questionamento que precisa de novas respostas e ciclo reinicia.
AVALIAÇÃO – no centro do PrBL (não no fim) está a avaliação. Esta deve ser realizada constantemente, em todas as etapas.
Parabéns pela apresentação tão objetiva e simples desse método, perfeito!!!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Fico feliz que gostou!!!
ExcluirMuito bom...Parabéns...
ResponderExcluirobrigada pela visita!!! que bom que gostou!
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